Enfim fim

        Puxa... hoje que foi cair a ficha... Isso porque faltou tantas outras queridas companheiras...
        Tudo começou quando, antes de sair rumo à igreja, como algo mecânico, vesti a roupa, até pensei se o culto ecumênico iria demorar tanto... trabalho logo cedo... preciso dormir, tomara que não seja tão longo, esses cultos me dão o maior sono!
        Todos trajavam roupas brancas, como um desejo de que a paz revestisse aquelas vidas. Sorrisos e abraços, beijos e mais sorrisos... pessoas especiais presentes, pessoas mais especiais ainda presentes, lindas e maravilhosas pessoas presentes!
        Belíssimas palavras dos ministrantes, encorajadoras, sábias...
        Quase no final, na entrega das rosas aos familiares... foi ali, exatamente naquele momento! Puxa... como eu não tinha percebido antes???
        Cada um daqueles que estavam entregando o botão de rosa branca ao seu querido acompanhante, era um daqueles que acompanhei por três longos anos... anos conturbados, engraçados, cansativos, legais, sério e muito mais.
        Era o momento! Eles estavam indo... Todos eles estavam se dispersando, todos vencedores e orgulhosos de suas lutas, indo em busca de seus sonhos, todos com sorriso estampado no rosto já cansados de tanto estudar, mas preparados para uma nova jornada e talvez uma nova jornada de outros estudos!
        Sabe-se lá se eu ainda os veria depois destas comemorações de formatura, talvez com o passar do tempo muitos deles irão se distanciar e talvez, com tantos afazeres eu também acabe me afastando.
        Então...naquele instante em que cada um dos botões começaram a ser entregues, as imagens voltaram em minha memória, eram coisas pessoais de cada um deles, eram alguns movimentos que fizeram em sala de aula, algumas fisionomias, alguns sorrisos, alguns gestos...
        Foi então que senti um aperto na alma, puxa... eu??? aperto na alma? é...
        Percebi que foram muitos momentos bons, que foram todos seres humanos maravilhosos com quem tive o privilégio de compartilhar minhas ideias e também meus maus humores e tantas outras coisas,mas que isso estava chegando ao fim.
        A nossa querida protetora, cuidadora, zeladora, guarda-costas da turma sentada ao lado ainda guardando e cuidando e zelando e protegendo... também aos prantos, fortalecia as lágrimas que comecei a derramar, talvez eu precisasse logo logo de um balde, ou iria inundar a igreja.
        A ficha caiu, pois é... as pessoas sempre se vão, como núvens... mas deixam coisas boas que ficam plantadas dentro da gente e que florecem com o passar do tempo...
        












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