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Pé com Pé

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  Tem pé e cabeça essa história? I sso dá pé! A pé, demora bem mais... 3 0 mil pés do chão, voa esse avião! P é de moça P é de atleta P é de moleque... P é de quê? P é chato! E screva aí no rodapé. Tem tanto pé... Com chulé, com joanete, com bicho de pé... Pé cascudo, pé lisinho... Pé de meia, pé de sapato Mas esse pé, dá pé. É mesmo o meu outro pé...

Violandos

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 Batidas... Cada qual com seu ritmo, cada qual com sua melodia diferente, sem inspirar-se sobre o que existe e resiste naquela composição que o outro faz nascer em meio aos seus dedos. Dedos que percorrem as cordas ao longo do braço do violão; que tecem vida e faz ecoar como uma manta de paz misturadas a lembranças e memórias de momentos ímpares. As batidas se unem.  É necessário sintonia para que se tornem.  Retalhos e trapos musicais de dois violões, que entrelaçam suas notas descompassadas numa busca incessante de harmonia, na intenção de se reinventarem.

Trilha viva

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  N ão precisa mais correr. A nde tranquilamente e faça pausas enquanto caminha para que seus pés não cresçam bolhas doloridas cheias de tristeza salgada. S e hidrate com a água produzida de corações onde ainda há bondade, há diversas bicas dela pelo seu trajeto. T alvez encontre alguma rachadura pelo chão carregada de cor cinza, até mesmo depressões e crateras negras que, se você não prestar atenção, pode acabar com feridas difíceis de se curarem. P or isso esteja pronto para saber cair da melhor forma, existem até cursos para isso, sabia? N ão é aconselhável olhar muito para trás, isso pode fazer você se distrair ao NÃO olhar para frente e cair num tombo fatal. Então olhe bem rápido, quase que num piscar de olhos, retorne seu olhar para sua trilha. A sua chegada será saudada pelos grandes pássaros da vitória; pelas rosas coloridas da gratidão e, o maior de todos: seu sorriso.

OLHA ELA

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Olha ela aqui!  Essa moça de sorriso largo, escancarado, que dá gargalhadas como as minhas, que parece comigo e que tem o mesmo sangue que o meu. Olha ela aqui, que me transborda de esperança quando sinto que não há mais. Olha como ela brilha, como ela cintila, como ela é um sol que descolou do céu e caminha por aí transmitindo seu calor. Olha essa menina bonita, que tudo que faz e cria, vira arte, até a salada de tomate. Olha essa dona aqui, dona das positividades; dona dos perdões; dona do acolhimento; dona da simplicidade e da humildade. Olha, mas olha bem mesmo pra ela, porque ela é a minha irmã, minha amiga que eu amo e tenho muita gratidão.

Despedida

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Me despeço temporariamente de você, meu caro amigo. Me despeço das canções que juntos preenchemos o vazio. Me despeço da sua companhia junto aos dias felizes e àqueles que apaziguaste a minha dor. Me despeço das canções que alegraram nossas incríveis crianças e as trouxeram para perto de nossos corações. Me despeço dos ouvidos romanticos que conquistamos juntos. Me despeço do "ganha-pão" que você me propôs com seu som junto aos meus dedos e minha voz. Me despeço de você, meu querido e amado violão. Que, enquanto estivermos distantes, alguém possa lhe reviver em algum momento durante a espera. Nos reencontraremos em breve. Eu e você somos um.

Não sei se ela sabe

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Não sei se ela sabe, mas me deixou transbordar de experiências tão ricas, que me sinto a pessoa mais feliz do mundo. Não sei se ela sabe, mas foi a minha maior confidente nos meus últimos 47 anos de vida. Não sei se ela sabe, mas me despertou muito mais sensibilidade para com as pessoas e todos os seres vivos. Não sei se ela sabe, mas me cobriu de paciência, ternura, alegria, amor e todos os bons sentimentos que precisava repor no meu acervo interno. Não sei se ela sabe que sou grata pela sua presença em minha vida desde muito pequena. Mas, observando bem nesse sorriso e em sua face serena, ela sabe de tudo. Ela sabe...

Um passeio ao cemitério

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A história que vou contar aconteceu em meados de 1992, quando eu tinha 16 anos de idade. Eu era gótica, um movimento bastante vivo na época, que vivia em luto pelas tristezas do mundo. Me vestia de preto, batom e unhas pretas e andava com jovens de afinidade igual. Frequentava um barzinho chamado Madame Satã, estilo gótico. Músicas a rigor, decoração inusitada, com abóboras acesas com velas, sofás rasgados, um candelabro gigante, cheio de velas, desenhos de caveiras e outras coisas com tema de morte, com pessoas sinistras andando de um lado para o outro, com maquiagem sombrias. (Atualmente tem o nome de Madame Underground Club, situado à Rua Conselheiro Ramalho, próximo ao Bairro do Bixiga.) Era entrada free até meia noite. O que combinava com o pouco dinheiro que restava para uma garrafa de vinho barato. Ficávamos curtindo o som, os outros góticos e o ambiente, pois o espaço era muito combinativo (para quem curtia o movimento). Depois que o bar fechava, caminhávamos até o cemitério da...